sábado, 4 de julho de 2015

DEM e PTB se encontram e encerram as negociações sobre fusão Foto: Valter Pontes



Deputado federal, José Carlos Aleluia
Aqueles que apostavam na fusão do DEM com o PTB de olho no quarto maior partido político do país que iria surgir já podem tirar o cavalinho da chuva. A tão sonhada junção das duas siglas – pelo menos pela maioria dos democratas – foi definitivamente sepultada na última quinta-feira, após reunião da executiva nacional das legendas. Os caciques de ambos os partidos estiveram reunidos em Brasília para oficializar o “sepultamento” das negociações, conforme já era esperado pelos próprios petebistas, que abriram as negociações a pedido do DEM. Nos bastidores, especula-se que os democratas – cada vez menores no País – estavam preocupados com a saída de seus membros para outros partidos, enfraquecendo ainda mais a sigla, que no passado era PFL. O encontro em Brasília teve a presença do deputado federal Claudio Cajado e do presidente do DEM na Bahia e também deputado federal, José Carlos Aleluia. Devido às comemorações do 2 de Julho, data da Independência da Bahia, o prefeito ACM Neto não pôde comparecer. Inclusive, muito se fala que outro grande motivo para os democratas insistirem na fusão com o PTB seria para manter Neto, que almeja sair da sigla. O rumo mais certo para o prefeito da capital baiana, até então, é o PMDB. Dentro do PTB, há quem diga que o DEM estaria forçando a barra para conseguir convencer os petebistas da fusão, numa tentativa de não deixar cair a força da sigla com a possível saída do prefeito ACM Neto para outra legenda. Nos bastidores, os mais desacreditados da fusão chegam a afirmar que a retomada do diálogo, que havia sido findado no meio de maio, foi mais uma estratégia do prefeito para se cacifar diante de outras legendas. A fusão do DEM com o PTB começou a emperrar depois de esbarrar em questões como a divisão do poder e o fundo partidário que o novo partido teria, na ordem de R$ 70 milhões. Outro entrave teria sido o fato do DEM pleitear 60% dos votos da Executiva na tomada das decisões do novo partido, o que inviabilizaria a hegemonia dos petebistas, deixando estes desconfiados.
Hieros Vasconcelos Rego, Tribuna da Bahia

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