segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Pai que agrediu filho gay está proibido de se aproximar do garoto

Lesões em uma das pernas do adolescente, que também teve ferimentos no rosto.

    Está proibido de se aproximar do filho e da ex-mulher o pecuarista que há três semanas agrediu o garoto de 16 anos por não aceitar a homossexualidade dele, em Mato Grosso do Sul. De acordo com a Polícia Civil, a decisão judicial determina que o indiciado por tortura e injúria fique a mais de 200 metros de distância do adolescente e da mãe. O inquérito sobre o caso que aconteceu em Três Lagoas, foi concluído na quinta-feira (15) e já está com o Ministério Público Estadual (MPE). 
   Ainda não houve denúncia à Justiça. Segundo a Polícia Civil, o menino foi agredido pelo pai na madrugada do dia 29 de julho, na própria casa, depois na residência da avó e por fim a caminho do hospital, onde ficou um dia internado. Ele teve lesões nas pernas e no rosto. Os ferimentos foram considerados pela perícia como de natureza leve. Testemunhas, o garoto, a mãe e o pai foram ouvidos. De acordo com a polícia, à exceção do pecuarista que ficou em silêncio, os demais confirmaram que o adolescente foi agredido devido à opção sexual.
    Com a medida protetiva, se o pai se aproximar do filho e da ex-mulher, estará cometendo crime de desobediência e ele poderá ter “medidas mais severas”, como permanecer em casa em horários especificados pela Justiça. Mãe e filho saíram da casa onde moravam com o suspeito. A mulher disse que o adolescente está em tratamento psicológico devido às agressões e que o ex-marido agiu por preconceito.

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